Paz e graça amigos!
Venho aqui, depois de meses fora da escrita onde estou me guardando escrevendo o meu segundo livro, escrever sobre certas coisas que acontecem dentro da "nossa" Igreja Católica Apostólica Romana. Na verdade são vários os pontos que me perturbam, que me tiram o sonho às vezes, que me fazem conhecer um lado muito humano e físico que compõe o Corpo Místico de Cristo, chamado Igreja.
Sou um amante, um apaixonado de celebrações litúrgicas ao estilo Bento XVI, aprendi desde pequeno, desde à época da catequese de primeira Eucaristia, dos primeiros dias como "coroinha", passando como coordenador de um grupo de coroinhas/ acólitos até chegar hoje como MESC (Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão) aprendi que a liturgia nos revela o sagrado, nos faz mais próximo de Deus e de Tua divindade podemos ver através da liturgia.
Não sei muito bem sobre a doutrina da Igreja, tampouco sobre os livros e mais livros que correspondem a liturgia da Igreja (confesso que estou buscando aprender a cada dia mais sobre tal tema para não falar "asneiras"), mas será que realmente penso por um lado errado?
Não sou adepto de movimentos, pastorais, etc mas aprendi a respeitar e admirar de tudo um pouco dentro da Igreja: desde a pastoral das crianças, a carcerária, os Vicentinos, as pastorais e movimentos juvenis, movimentos e comunidades da RCC, e etc.
Não conheço muito dos documentos da Igreja tampouco sou conhecedor de teorias, teologias, teólogos, filósofos, etc.
Eu tento entender à Deus na minha vida e o quão misericordioso Ele tem sido nela. Eu tento entender à necessidade das pessoas em encontrar em pequenos feitos ou em grandes também a essência da fé que hoje em dia vem sendo tão julgada por diversas partes da Igreja... Ora é um tradicionalista falando mal de um da renovação, ora é ao contrário. Ora é Padre usando do poder e do dinheiro dos fiéis, ora é ao contrário. Ora é uma paróquia feita de caciques, ora é ao contrário. Ora é um povo participativo, católico, atuante, ora é um povo medíocre na fé, que mal se levanta para a procissão do ofertório para ofertar aquilo que Deus nos dá por Sua misericórdia para conosco.
Será que o Documento de Aparecida (DAp 44), vi a página correta no blog do Boff (diga-se de passagem nunca fui fã dele, mas acredito que é um cara que trás à tona questionamentos polêmicos e essenciais para alimentar os blogs como esse): Vivemos numa época de mudanças e uma mudança de épocas.
Sem dar margem para o Boff, quero aqui relatar o começo de um arquivo pdf que "baixei" esses dias em um site sobre Teologia que diz: "Todo saber tem seu mistério." E completo com a pergunta do então cardeal Joseph Ratzinger no seu livro "Introdução ao Cristianismo" que nos questiona: "Qual é, afinal, o conteúdo e o sentido da fé cristã? Eis uma pergunta que, hoje em dia, está cercada de uma névoa de incerteza mais pesada do que em qualquer outro momento da história."
Qual é o sentido da fé cristã?
Qual é o sentido da sua fé em Cristo que por vontade do Pai, se tornou carne humana no ventre de Maria por ação do Espírito Santo, que morreu numa cruz, foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, que um dia há de vir para julgar os vivos e os mortos?
A Igreja é um oceano, bem profundo, onde apenas os santos e mártires puderam conhecer o mais profundo já que é Deus na Tua infinita glória e majestade.
Até quando um paramento de um Papa, hoje o Papa Francisco, vai ser mais discutido do que o seu legado de humildade e amor aos pequenos, amor à quem Jesus Cristo mesmo nos mandou receber vai ser maior?
Até quando atitudes como a desse padre da diocese de Presidente Prudente/Sp serão mais questionadas do que os atentados contra nossos irmãos cristãos da Nigéria, Síria, e de tantos outros lugares do mundo?
Até quando veremos irmãos de rua, que por uma escolha própria ou por falta de zelo nosso enquanto Igreja, padecerem sem comida, sem abrigo, sem um presente menos doloroso?
Até quando veremos nossos jovens morrerem no vício das drogas deste mundo?
Até quando vamos ficar presos no papel?
E não venha me dizer que tudo acima citado é heresia, pois não é!
Heresia é olhar o cisco no olho do outro sem se preocupar com a trave no nosso "olho" (para não falar outra coisa!)
Se queremos padres melhores, nossos sistemas de ensino, de formação devem melhorar e muito, mas alguém tem a disponibilidade de assumir isso? Alguém tem coragem de assumir que a formação contém falhas e erros? Alguém tem coragem de ir até o bispo e falar poucas e boas sobre o que sabe?
Se queremos uma Igreja mais Católica, mais Apostólica e mais Romana precisamos ser mais de Cristo, mais misericordiosos com nossos irmãos cristãos que padecem, que sofrem pela falta de formação que temos. Devemos ter um olhar clínico sim, mas com as mãos mais aconchegantes para acolher e ensinar o povo.
Seria (será) Francisco um profeta quando disse meses atrás que o mal da Igreja é a fofoca?
Enquanto vivemos assim, nesta guerra fria, os protestantes lotam suas garagens, conquistam os fiéis em cima desses nossos erros e falhas, e falar que os que partem rumo ao protestantismo são infiéis? Realmente infiel é aquele que se omite no anúncio da Boa Nova e que se prende a rituais/ cerimônias e pequenas coisas enquanto existe uma população com fome, com cede de Deus!
O amor que Francisco tem por Bento XVI e vice-versa deveria ser levado em conta e deveríamos respeitar mais à decisão daquele que por ação do Espírito Santo foi eleito como chefe da Igreja. Se o Papa mesmo disse em sua última entrevista que “Sou um pecador para quem o Senhor olhou” e nós? E eu?
Perdão aos amigos que não deveriam ouvir este desabafo mas ser Igreja, ser parte da Igreja, pra mim que sou pior do que todos é muito mais do ficar atacando-nos uns aos outros. Ser Igreja Católica Apostólica Romana é desejar a cada dia mais ver a face do Cristo Vivo, é ir para as ruas e anunciar a Revolução Jesus para a vida das pessoas, é ter um olhar de compaixão e zelo pela Igreja que sou eu, que é você, que somos todos nós e dizer:
"Beleza! Você errou aqui e acolá, eu errei aqui e acolá também, agora vamos juntos melhorar?!"
Foi só um desabafo.
Vejam o vídeo e aprendam:
+Guilherme Souza
www.twitter.com/guilhermesxs
Venho aqui, depois de meses fora da escrita onde estou me guardando escrevendo o meu segundo livro, escrever sobre certas coisas que acontecem dentro da "nossa" Igreja Católica Apostólica Romana. Na verdade são vários os pontos que me perturbam, que me tiram o sonho às vezes, que me fazem conhecer um lado muito humano e físico que compõe o Corpo Místico de Cristo, chamado Igreja.
Sou um amante, um apaixonado de celebrações litúrgicas ao estilo Bento XVI, aprendi desde pequeno, desde à época da catequese de primeira Eucaristia, dos primeiros dias como "coroinha", passando como coordenador de um grupo de coroinhas/ acólitos até chegar hoje como MESC (Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão) aprendi que a liturgia nos revela o sagrado, nos faz mais próximo de Deus e de Tua divindade podemos ver através da liturgia.
Não sei muito bem sobre a doutrina da Igreja, tampouco sobre os livros e mais livros que correspondem a liturgia da Igreja (confesso que estou buscando aprender a cada dia mais sobre tal tema para não falar "asneiras"), mas será que realmente penso por um lado errado?
Não sou adepto de movimentos, pastorais, etc mas aprendi a respeitar e admirar de tudo um pouco dentro da Igreja: desde a pastoral das crianças, a carcerária, os Vicentinos, as pastorais e movimentos juvenis, movimentos e comunidades da RCC, e etc.
Não conheço muito dos documentos da Igreja tampouco sou conhecedor de teorias, teologias, teólogos, filósofos, etc.
Eu tento entender à Deus na minha vida e o quão misericordioso Ele tem sido nela. Eu tento entender à necessidade das pessoas em encontrar em pequenos feitos ou em grandes também a essência da fé que hoje em dia vem sendo tão julgada por diversas partes da Igreja... Ora é um tradicionalista falando mal de um da renovação, ora é ao contrário. Ora é Padre usando do poder e do dinheiro dos fiéis, ora é ao contrário. Ora é uma paróquia feita de caciques, ora é ao contrário. Ora é um povo participativo, católico, atuante, ora é um povo medíocre na fé, que mal se levanta para a procissão do ofertório para ofertar aquilo que Deus nos dá por Sua misericórdia para conosco.
Será que o Documento de Aparecida (DAp 44), vi a página correta no blog do Boff (diga-se de passagem nunca fui fã dele, mas acredito que é um cara que trás à tona questionamentos polêmicos e essenciais para alimentar os blogs como esse): Vivemos numa época de mudanças e uma mudança de épocas.
Sem dar margem para o Boff, quero aqui relatar o começo de um arquivo pdf que "baixei" esses dias em um site sobre Teologia que diz: "Todo saber tem seu mistério." E completo com a pergunta do então cardeal Joseph Ratzinger no seu livro "Introdução ao Cristianismo" que nos questiona: "Qual é, afinal, o conteúdo e o sentido da fé cristã? Eis uma pergunta que, hoje em dia, está cercada de uma névoa de incerteza mais pesada do que em qualquer outro momento da história."
Qual é o sentido da fé cristã?
Qual é o sentido da sua fé em Cristo que por vontade do Pai, se tornou carne humana no ventre de Maria por ação do Espírito Santo, que morreu numa cruz, foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, que um dia há de vir para julgar os vivos e os mortos?
A Igreja é um oceano, bem profundo, onde apenas os santos e mártires puderam conhecer o mais profundo já que é Deus na Tua infinita glória e majestade.
Até quando um paramento de um Papa, hoje o Papa Francisco, vai ser mais discutido do que o seu legado de humildade e amor aos pequenos, amor à quem Jesus Cristo mesmo nos mandou receber vai ser maior?
Até quando atitudes como a desse padre da diocese de Presidente Prudente/Sp serão mais questionadas do que os atentados contra nossos irmãos cristãos da Nigéria, Síria, e de tantos outros lugares do mundo?
Até quando veremos irmãos de rua, que por uma escolha própria ou por falta de zelo nosso enquanto Igreja, padecerem sem comida, sem abrigo, sem um presente menos doloroso?
Até quando veremos nossos jovens morrerem no vício das drogas deste mundo?
Até quando vamos ficar presos no papel?
E não venha me dizer que tudo acima citado é heresia, pois não é!
Heresia é olhar o cisco no olho do outro sem se preocupar com a trave no nosso "olho" (para não falar outra coisa!)
Se queremos padres melhores, nossos sistemas de ensino, de formação devem melhorar e muito, mas alguém tem a disponibilidade de assumir isso? Alguém tem coragem de assumir que a formação contém falhas e erros? Alguém tem coragem de ir até o bispo e falar poucas e boas sobre o que sabe?
Se queremos uma Igreja mais Católica, mais Apostólica e mais Romana precisamos ser mais de Cristo, mais misericordiosos com nossos irmãos cristãos que padecem, que sofrem pela falta de formação que temos. Devemos ter um olhar clínico sim, mas com as mãos mais aconchegantes para acolher e ensinar o povo.
Seria (será) Francisco um profeta quando disse meses atrás que o mal da Igreja é a fofoca?
Enquanto vivemos assim, nesta guerra fria, os protestantes lotam suas garagens, conquistam os fiéis em cima desses nossos erros e falhas, e falar que os que partem rumo ao protestantismo são infiéis? Realmente infiel é aquele que se omite no anúncio da Boa Nova e que se prende a rituais/ cerimônias e pequenas coisas enquanto existe uma população com fome, com cede de Deus!
O amor que Francisco tem por Bento XVI e vice-versa deveria ser levado em conta e deveríamos respeitar mais à decisão daquele que por ação do Espírito Santo foi eleito como chefe da Igreja. Se o Papa mesmo disse em sua última entrevista que “Sou um pecador para quem o Senhor olhou” e nós? E eu?
"Beleza! Você errou aqui e acolá, eu errei aqui e acolá também, agora vamos juntos melhorar?!"
Foi só um desabafo.
Vejam o vídeo e aprendam:
+Guilherme Souza
www.twitter.com/guilhermesxs
